quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Uma etiologia Psicossomática para a Hipertensão Arterial

Inúmeros estudos pontuam aspectos psicossomáticos da hipertensão (Lowen, 1977; Mac Fadden e Ribeiro, 1998; Mello Filho, 2002; Couto, 2003; Czeresnia, 2007), reforçando elementos emocionais, estrutura de caráter e hábitos cotidianos que favorecem o agravo e manutenção de quadros crônicos da doença.

Alguns destes estudos ressaltam a importância dos aspectos emocionais e relacionados ao stress, para os cuidados com a hipertensão arterial (Mac Fadden e Ribeiro, 1998; Mello Filho, 2002; Silva, 2008). Eles apontam aspectos da personalidade, hábitos comportamentais e grupais, indicando que os sujeitos hipertensos apresentam dificuldades em externalizar emoções mais intensas e costumam acumular enorme carga emocional, ocasionando grandes níveis de tensão. Vive-se constantemente sob “pressão”, mesmo em situações cotidianas que habitualmente não ofertariam perigo.

Sentimentos de hostilidade, ansiedade, agressão e ressentimento habitam uma subjetividade insegura, onde a sensação de ameaça no ambiente é uma constante, ensejando um conflito básico entre hostilidade e inibição. Esta condição atua ora na gênese da doença, ora como agravante e desencadeador da hipertensão (Mac Fadden e Ribeiro, 1998; Mello Filho, 2002; Silva, 2008).

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